Houve momentos da minha vida em que pus em questão ser mesmo filha da minha mãe. A verdade é que hoje chego à conclusão que sim.(a genética foi demasiado simpática!) Mas é como se não fosse. Talvez tenha sido trocada à nascença por aquela é deve ser, realmente, a minha homónima...
Incrível como a vida dá tantas voltas. Ainda ontem jurava a pés juntos que queria assentar na terrinha. Hoje, quero exatamente o oposto: ir juntar os trapinhos para longe, seja esse longe onde for (dentro do território português, obviamente).
Deixa lá acabar o curso, Ana Mafalda, que logo vais à procura de trabalho lá pelos lados do alentejo ou das beiras.
Tudo por causa de não sentir que sou uma filha da mãe... e não devo ser!
Não me interpretem mal. Pode parecer inveja. E não sejamos hipócritas, talvez até seja. Mas não inveja pura. Inveja de me terem tirado as aportunidades que ela teve. Porque eu, com 24 e ela com 23, somos tratadas como criança e adulta. E eu que sou tão crescida!
Mas no meu coração de boa pessoa desejo-te a maior das sortes e vê lá se fazes mas é uma criança para diminuir a média de idades da família que isto está tudo a ficar velho e rabujento. Daqui a uns anos ninguém se pode aturar! Mais uma coisa em que me vais passar à frente. Eu, a burra, a atrasada, a criança e agora, a invejosa. Triste fado, o meu!
Quando não há confiança e se perde o carinho, há volta a dar? No estado de espírito em que estou só se for uma volta daqui para fora!
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