Último post de 2010

2010 chega ao fim... 
Para muitos um ano de desgraça, de crise, de tristeza. Para alguns um ano como os outros. Para mim, um ano cheio de loucuras, de momentos inesquecíveis, de risos, de paixões. 
2010 foi um ano, acima de tudo, de mudanças. 
Primeiro que tudo, e acho que essa foi a principal razão da minha felicidade este ano (sem por de parte as outras) está o meu Renato. Sim, ele 'agarrou-me' numa altura em que o cheiro a traição ainda pairava no ar e quando eu estava prestes a fazer uma promessa a mim mesma de que não voltaria a apaixonar-me. A Filipa, que sempre trataram por tola quando dizia que estava à espera do príncipe dela, era quem tinha mais razão. Avé Filipa! :')
Coimbra... oh minha cidade amada! Meu cantinho de história e tradição! As loucuras que eu já tenho para contar contigo passadas... Coimbra foi, basicamente, o palco de grandes mudanças e de grandes momentos. A primeira época de exames, não tão má como isso. A primeira queima, para mim um dos pontos altos da minha vida: o primeiro traçar da capa, o olhar ansioso dos Padrinhos, o abraço da Mel, o ver os meus colegas e amigos todos iguais, os sorrisos e as lágrimas no primeiro acorde da Balada. O primeiro cortejo, com toda a pompa e circunstância. As noites de parque, por entre colegas doutores e caloiros. Os concertos vistos de capa traçada e à chuva. O primeiro dia em que usei a pasta: o orgulho que os meus olhos transmitiam enquanto andava com ela na mão. A satisfação de poder sair à rua de traje e poder traçar a capa quando quisesse. A segunda época de exames, com o Flashmob e o Mundial 2010. A mudança de casa. 
O inicio do 2º ano e de todas as novidades: o facto de ser doutora e de querer impor aquilo que tão bem me ensinaram a mim. As desilusões, que mais do que imprevisíveis, tocaram fundo o coração. A praxe, o seu simbolismo e o aprender a estar do outro lado. 2010 foi o ano em que fui caloira, pastrana e semi. :')
O sofrimento da perda de alguém que nem se conhecia bem mas que no fundo, tinha os mesmo sonhos, as mesmas esperanças, as mesmas lutas. Paquete, quem vive nos nossos corações nunca morre. <3
O nascimento do Henrique, com todo o aparato que o envolveu. O meu papel de pai substituto, aquela espera ansiosa pelo bebé que teimava em não querer sair. A primeiro olhadela e a primeira beijoca com poucos minutos de vida. Momentos inesquecíveis. ^^
O reencontro com pessoas, o afastamento de outras. 
A minha mononucleose e as anemias.
A carta de condução. Oh, a carta! Como me podia esquecer disto se era uma coisa que eu sonhava fazer desde criança? Pronto, mais um perigo na estrada...


Durante este ano de 2010 aprendi, entre outras coisas, a olhar sempre para as coisas com 2 prespectivas diferentes. Aprendi que a vida, na maior parte das vezes, dá 1 e tira 2 e que nós temos de saber gerir a felicidade com as coisas que ela nos dá. Que nem sempre tudo corre como nós queriamos e que apesar das desilusões e das adversidades, conseguimos tirar sempre coisas boas das situações. Aprendi que quando todos remam para o mesmo lado, temos hipóteses de sucesso mesmo que rememos contra a maré, basta termos fé e perseverança. Aprendi que quem desiste são os fracos e que quem quer ter sucesso tem de encontrar o equilibrio entre o trabalho e a diversão.
Mas acima de qualquer coisa, aprendi que os amigos verdadeiros podem afastar-se mas não deixam de ser isso mesmo... verdadeiros. E que amar, oh amar é a melhor coisa do mundo!


Por tudo isto, quero que 2011 seja em tudo melhor que 2010. Mas sei que não há ninguém, mais do que eu, capaz de mudar isso. Porque afinal de contas, nós fazemos o nosso próprio destino e a nossa própria felicidade. 


A todos, 
um excelente Ano Novo!