Tan tan tan tan....

Cá está finalmente o tão pensado blog. A minha página oficial... Ya, como se eu fosse uma pessoa importante! Não sou, mas é engraçado ter uma página oficial. Ao menos as pissouas sabem que sou mesmo eu a escrever.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Caminhar

Há momentos e horas para tudo.
Para deprimir
Para chorar
Para rir
Para gritar
Para correr
Para andar
Para beber
Para comer
Pelo menos uma vez por dia, devíamos ter tempo para fazer todas estas coisas. 
Devíamos ter tempo suficiente para dizer aos nossos amigos que os adoramos. Devíamos ter tempo suficiente para decidir quem queremos ser na vida. Devíamos ter tempo para conseguir ajudar os amigos a sorrir novamente. Devíamos ter tempo para aprender a viver decentemente. Devíamos ter tempo para aprender a fazer loucuras. Devíamos ter tempo de sobra para dar aos outros. Devíamos ter tempo suficiente para aprender o que é amar. Devíamos ter tempo suficiente para errar. Devíamos ter tempo suficiente para perder tempo...
Mas o nosso tempo é tão escasso que, ao querer ter mais tempo, acabamos por deixar passar momentos. Momentos em que sorrimos. Momentos em que chorámos. Momentos em que gritámos, esperneámos. Momentos em que errámos. Momentos em que fizemos loucuras. Momentos em que vivemos. Momentos em que desperdiçámos tempo. 
Porque o principal intuito desta vida é ser feliz. Mas para isso é preciso tempo. É preciso dar tempo ao tempo para as coisas acontecerem. A felicidade é um caminho que começa de pequenino e se faz a pé. 
A felicidade encontra atalhos e buracos, pedras no sapato, lombas, curvas apertadas, semáforos, passadeiras, sentidos proibidos. Porque no fundo, o destino é escrito em linha recta para que possamos fazer desvios. O destino tem de ser tudo menos fácil para que quando chegarmos à meta saibamos dizer: por cada degrau que eu subi, desci dois. Mas cheguei! E aprendi. Errei e caí, mas voltei a levantar-me. Chorei, mas sequei as lágrimas, ergui a cabeça e continuei o meu caminho. Encontrei buracos e pedras no meu sapato, mas saltei os buracos e tirei as pedras e continuei. De cabeça erguida.
Porque a vida não tem de ser como nós queremos, mas tudo o que se passa à nossa volta serve para o único e exclusivo fim de nos ensinar algo. Não tem de ser como nós queremos, porque assim as conquistas tornam-se um motivo de orgulho. Porque assim cada degrau subido merece uma comemoração. Porque cada degrau subido, enche o nosso pote da felicidade.
Cada lágrima que cai representa uma preocupação, um desgosto, uma tristeza. Cada tropeção, cada degrau descido significa um erro. Cada queda e cada tropeção significa uma aprendizagem. Que nos faz arrepender, enxugar as lágrimas, erguer a cabeça e continuar o nosso caminho.


Hoje desci um degrau, mas subi dois. Porque soube saltar o buraco e seguir o meu caminho. Tropecei na lomba antes do buraco mas saltei antes de cair. E amanhã, vou ter imensos buracos enormes à minha frente, mas vou contorná-los. Se esbarrar vou ter alguém para me amparar. Mas duma coisa tenho eu a certeza: eu não vou desistir de chegar ao meu destino! 





Sem comentários:

Enviar um comentário